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Setor aeroespacial brasileiro na bancarrota: mais um desastre do Governo Dilma

Matéria no jornal Valor Econômico revela que a crise afeta fortemente a indústria aeroespacial brasileira. O corte de investimentos no setor por parte do governo está fazendo com que as empresas demitam funcionários com muitos anos de formação e experiência. Os funcionários demitidos acabam levando boa parte do conhecimento das empresas, mas vão trabalhar em outros setores, ou no exterior.


O engenheiro eletrônico formado pelo ITA, Andrew Wowk, com 40 aos de experiência no setor de defesa e espaço, passagem pela Embraer e especialização na Agência Espacial Francesa, foi um dos profissionais demitidos da Mectron, empresa controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia. Ele se diz desiludido e muito preocupado com a continuidade dos projetos que ainda estão em andamento na área espacial: “Perdemos a capacitação técnica que permitiria dar continuidade a projetos como o do foguete VLS. O contrato das redes elétricas do foguete será transferido para o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), mas ele não tem corpo técnico para terminar os trabalhos”.


A equipe que desenvolveu o projeto da câmera da alta resolução do satélite Brasil-China também foi desmontada, e muitos de seus membros foram trabalhar em outras áreas. Para formar um doutor em óptica, chega-se a levar até 17 anos. É esse investimento em formação que acaba sendo jogado fora com a descontinuidade dos projetos e das equipes.


A crise no setor é mais um capítulo do completo descaso do Governo com o programa aeroespacial brasileiro. Desde nosso documento de fundação, nós da Ação Crítica sempre defendemos que o governo deveria dar prioridade ao programa aeroespacial, pois – além de fundamental para a defesa nacional – pode ser um programa capaz de estimular diversos setores industriais de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, no sentido de tirar o Brasil do atraso tecnológico e modificar a estrutura de nossa economia, colocando o país em um outro patamar de desenvolvimento.


Mas o investimento no setor, que já era para lá de insuficiente, com os cortes de recursos por parte do Governo, torna-se ainda mais precário. Além da desastrosa gestão macroeconômica, Dilma dá mais uma mostra de que não tem projeto de desenvolvimento para o país.



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