O Drama de Dilma
A presidente Dilma Roussef positivamente não sabe o que fazer. Em seu primeiro mandato, implantou a chamada nova matriz econômica, e tentou acelerar a economia com crédito fácil e subsídios a setores escolhidos. Criminosamente, manteve o real sobre-valorizado, prejudicando o conjunto da indústria brasileira. Não conseguiu crescimento, mas acelerou tremendamente a inflação.
Nas eleições, disse que tudo ia bem. Tomou posse e adotou a política de seu adversário Aécio. Chamou um banqueiro para o ministério da fazenda e fez um ajuste contra os trabalhadores.
A economia necessitava de ajuste, mas os ricos deveriam pagar sua parte.
Dilma não tocou nos ricos.
Mas, nas suas idas e vindas, voltou a namorar o desenvolvimentismo fracassado. Não quis cortar as despesas necessárias e passou a namorar novos impostos e expansão do crédito.
Esteve para cair. Os banqueiros e a mídia, temerosos com a eventualidade de novas eleições, a salvaram. Mas, logo, logo, ela voltou a prestigiar Barbosa e a fritar Levy. Os banqueiros e grandes empresários reagiram. Ela cedeu parcialmente.
Em um dia, diz que vai cortar. No dia seguinte, diz que já cortou o que pôde. Uma hora, os poderosos vão abandoná-la.
Quando isto acontecer, irá ela então se jogar nos braços dos movimentos sociais, que desafiam Levy, mas a apoiam. Estes movimentos, que se associam claramente a ela e ao PT, vão simplesmente receber o abraço dos afogados.