Ajuste fiscal do Governo Dilma atinge área social e investimentos. Déficit público atinge recorde hi
No jornal Valor Econômico do dia 1º de outubro, o jornalista Ribamar Oliveira esquadrinha os cortes nos gastos sociais e nos investimentos feitos pelo Governo Dilma em sua implementação do ajuste fiscal.
No último mês de agosto, o gasto com o programa “Minha casa, minha vida” foi reduzido em 31,6% em termos reais na comparação com o gasto realizado no mesmo mês em 2104. Na saúde, os gastos em termos reais entre janeiro e agosto foi inferior em R$ 3,2 bilhões quando comparado com o mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, a educação perdeu R$ 4,35 bilhões. Também nesse período de janeiro a agosto, em relação a 2014, este ano os investimentos totais da União tiveram queda real de 38%.
Para o orçamento de 2016, a previsão de corte no Pronatec, tão enaltecido durante a campanha eleitoral, é de 60% em relação à dotação orçamentária deste ano. E a do programa Ciência Sem Fronterias é de 48,7%. Na saúde, a dotação prevista é a mínima permitida pela legislação em vigor.
Sem muito alarde, Dilma vai fazendo tudo aquilo que durante a campanha eleitoral acusava que seria feito por seus adversários. E isso tudo sem conseguir equilibrar as contas públicas, que se deterioram pela queda na receita em uma economia em recessão, pelo custo da dívida pública em consequência dos juros nas alturas, e pelo programa de swaps cambiais, que oferecem proteção às empresas contra a escalada do dólar.
O pagamento de juros pelo setor público nos 12 meses entre agosto de 2014 e agosto de 2015 atingiu 8,45%do PIB, e o déficit público nominal chegou a 9,21% do PIB, o mais alto para o período de um ano da série iniciada em 2001. No mesmo período, o setor público tem déficit primário de 0,76% do PIB. A dívida bruta deve terminar 2015 em 67,6% do PIB.
A política econômica de Dilma I nos trouxe a este cenário. E a política econômica de Dilma II – por um misto de fanatismo monetário e absoluta falta de confiança dos agentes econômicos na Presidente –, além de alvejar os programas voltados para os mais pobres que já são os que mais sofrem com a recessão, é não só ineficiente para nos tirar dele, como contribui para aprofundar a crise.
O mais incrível é que ainda há quem defenda a Dilma...