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Eleições já!

Com o aprofundamento das crises econômica e política, as crises social e institucional batem às portas do país. O Governo Dilma não tem a menor capacidade de conduzir o Brasil à saída da grave situação em que se encontra. Falta-lhe legitimidade pelo enorme engodo eleitoral cometido, assim como capacidade de liderança para aprovar reformas que apontem para a retomada do desenvolvimento. Sua modorrenta continuidade por mais quase três anos agravará o quadro político, levando a crise social a pavimentar o caminho para alternativas messiânicas e autoritárias. É preocupante que comandantes militares venham a público dizer que estão atentos à situação e prontos para garantir a paz social.


Dilma tem que sair já.


Mas não basta Dilma sair. Se sua saída se der pela via do impeachment, votado por um Congresso repleto de envolvidos em escândalos, assume Michel Temer, presidente do PMDB de tantos investigados na Lava-Jato, e citado em delação premiada como patrocinador de um diretor da Petrobras flagrado no caso de corrupção na estatal. Vale lembrar ainda que Temer foi eleito na mesma chapa de Dilma em 2010 e 2014, é cúmplice das medidas desastrosas do Governo, e responde também a processo no TSE por ilegalidades cometidas na última campanha. Com Temer na Presidência, a crise institucional continuará nos rondando.


Tampouco pode ser solução a saída parlamentarista que setores do Senado articulam com apoio do ex-presidente Fernando Henrique. Imaginem o país ser dirigido por um Congresso que alça à direção das casas legislativas figuras como Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Seria a eternização das oligarquias conservadoras no poder. Vale lembrar que o parlamentarismo já foi rechaçado como sistema de governo duas vezes pelo povo brasileiro nos últimos 55 anos.


Impeachment, parlamentarismo e intervenção militar são rupturas conservadoras, forjadas em gabinetes, para tirar Dilma sem mexer nas estruturas corrompidas de poder. A elas, devemos responder com uma ruptura democrática: a convocação imediata pelo STF de eleições gerais para a Presidência da República e para o Congresso Nacional.


Para momentos excepcionais, saídas excepcionais. É necessário chamar imediatamente o povo brasileiro a democraticamente eleger novas lideranças para o Executivo e o Legislativo, com novas ideias, desta vez discutidas com a sociedade, sem estelionato eleitoral, para tirar o país da crise. Só o voto legitima, disse um dia a Presidente. É nisto que acreditamos. Vamos resolver pelo voto.





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