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O interino promete “medidas impopulares” para quando se tornar definitivo

O interino não tem a menor vergonha em enrolar e tirar vantagens indevidas. Do ponto de vista literário, claro.


Olhem o que ele diz na Folha de 4 de julho, falando a seus aliados do agronegócio:


"Estamos em um sistema de muita contenção. A contenção não começou a aparecer ainda, daí a importância desse documento [carta de apoio do agronegócio], como de outros setores da indústria e dos varejistas, que também me procuraram para revelar apoio", disse.


"Esse apoio é fundamental porque a partir de certo momento, começaremos com medidas, digamos assim, mais impopulares", afirmou, sem especificar quais seriam.


"As pessoas me perguntam. 'Você não teme propor medidas impopulares?' Não. Porque o meu objetivo não é eleitoral. O meu objetivo, nesses dois anos e meio, se eu ficar dois anos e meio, é conseguir colocar o Brasil nos trilhos, é o que basta. Não quero mais nada da vida pública", afirmou, sob aplausos.


Duas coisas no discurso: a primeira, o pedido para que os dominantes lhe deem apoio aberto e total. A segunda, e que, mesmo escondida não escapa aos mais observadores, é que não quer tomar medidas impopulares antes de se torna Temer II- O Definitivo.


É por isso que as medidas impopulares, tão pedidas pela grande mídia, não aparecem. E a grande mídia cobra porque só fala dele agora como Temer- O Interino.


Um grupo de senadores que votaram pela aceitação da abertura do processo de impeachment contra Dilma está ameaçando votar contra o impeachment.


O Interino escorrega, mas está firme em ganhar a votação do Senado. Transformado em Definitivo (por que não eterno, pensa lá com seus botões), vai mandar bala nos direitos dos trabalhadores.


Diz o Interino que seu interesse não é eleitoral. Mente. Não está pensando em 2018, e sim em agosto. Mas eleição indireta também é eleição. Os senadores decidirão se deixam o interino atual ou se volta a velha interina.



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