Eleições Gerais Já contra a anomia, o desalento e as ameaças autoritárias
Em menos de dez dias, os plenários da ALERJ e da Câmara dos Deputados foram ocupados por manifestantes pedindo uma intervenção militar. Dois ex-governadores do Rio de Janeiro foram presos, o estado está falido e desgovernado e seus deputados discutem um pacote de medidas enviadas pelo governador cercados por grades, tapumes e policiais, em meio à deserção de soldados da Tropa de Choque que se unem aos manifestantes. Em Goiás, um pai mata o filho tendo como cenário de fundo a intolerância política. No Distrito Federal, um juiz autoriza práticas de tortura, como o uso de técnicas para privação de sono, na evacuação de uma escola ocupada por estudantes.
Espalha-se pelo país um clima de perplexidade, revolta, desalento e anomia social. Como os movimentos sociais e a esquerda em geral decidiram voluntariamente apresentar-se como músicos do Titanic e associar-se ao desastre chamado Dilma, a indignação com um sistema político carcomido e uma crise econômica gigantesca que desemprega, faz explodir os índices de criminalidade e deteriora as condições de vida do povo ficou à deriva, a mercê de populismos reacionários e de discursos autoritários.
Neste cenário, a chamada por eleições gerais nunca se pretendeu uma panaceia para todos os males, mas sim uma afirmação de que o caminho para a saída da crise deve necessariamente passar pelo processo democrático de consulta ao povo através do instrumento do sufrágio universal. Eleições Gerias Já são a bandeira democrática mais potente neste momento contra as ameaças autoritárias alimentadas pelo clima de anomia. Bandeira que, ainda mais do que antes, precisa ser levantada tanto no nível nacional quanto, agora, no nível estadual.
Fora Temer! Fora Pezão! Eleições Gerais Já!