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Política de valorização do salário mínimo atenuou os efeitos da recessão para os trabalhadores em 20

  • criticaacao
  • 30 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Matéria do jornal Valor Econômico do último dia 28 mostra que, segundo diversos especialistas em políticas públicas, a atual política de valorização do salário mínimo foi responsável por evitar a alta da desigualdade no ano de 2015, mesmo com a forte recessão vivida pelo país.


A conclusão se deu com base na análise dos dados da Pnad Contínua divulgada pelo IBGE. O rendimento médio do trabalho dos brasileiros caiu 5% no ano passado quando comparado com 2014. Em outras recessões, a queda chegou a 8%. Para o economista Naercio Menezes, ouvido pela matéria, a principal causa da queda ter sido atenuada foi a política de valorização do mínimo. Como a realidade de receber um salário mínimo se espalha por 44% das famílias brasileiras, a perda de renda acabou sendo maior na metade de cima da pirâmide social do que na metade de baixo. Com isso, a desigualdade ainda apresentou leve redução no ano passado.


O problema é que essa pequena queda da desigualdade deu-se em meio à perda generalizada de renda. E, o mais grave, a maior perda acabou se dando nos 10% mais pobres da população, que não têm emprego formal e ganham menos de um salário mínimo. Por isso, não são beneficiados pela política de valorização. Para esses, a piora da situação veio, entre outros motivos, pela falta de reajuste real para o Bolsa Família, e pelo corte de programas sociais do Governo.


É preciso fazer com que os mais ricos paguem sua parte na conta da crise. É preciso reforçar a rede de proteção para os mais pobres, sobretudo os que estão fora do mercado formal de trabalho. E, tudo o que a luta pela redução da desigualdade no Brasil não precisa, é que seja posto fim à atual política de valorização do salário mínimo.




 
 
 
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