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Temer sobrevive e prolonga a agonia do Brasil

Temer conseguiu se livrar na Câmara do prosseguimento para o STF da primeira denúncia contra ele feita pelo Procurador Geral da República. Com o PSDB rachado ao meio, a vitória do presidente de cera se deu graças aos votos dos deputados do baixo clero, ou do “Centrão”, que são justamente os mais fisiológicos. O custo mais alto da salvação temporária de Temer quem paga é o Brasil. Permanecem a profunda crise de hegemonia e o desalento da sociedade brasileira com a política. Na verdade, mais do que permanecer, a crise se agrava com o tempo. E o agravamento da crise abre espaço cada vez maior para o populismo autoritário.


Neste momento, não há saída democrática para o Brasil que não passe pela realização de eleições gerais, o quanto antes, para a Presidência e o Congresso Nacional. É preciso abrir na sociedade brasileira um amplo processo de debate sobre um projeto estratégico de país, de médio e longo prazos, que tire o Brasil da crise e do atraso e o coloque no caminho do desenvolvimento sustentável e da redução das desigualdades sociais. Um projeto compatível com o século XXI, o século da tecnologia que enfim pode libertar a humanidade do trabalho mais pesado, repetitivo e alienante. Um projeto que devolva ao povo brasileiro a esperança e a crença na Política como uma atividade nobre e solidária de transformação coletiva da realidade social.

Parlamentarismo não!

Jornais da última semana noticiam encontro do senador José Serra com Michel Temer em que eles teriam conversado sobre uma saída parlamentarista para o Brasil. Depois, em entrevista a uma rádio, Temer falou até na possibilidade de o novo sistema ser adotado já em 2018.


Por duas vezes a sociedade brasileira já recusou o parlamentarismo. Tirar do povo a prerrogativa de eleger pelo voto direto o Presidente da República e entregá-la ao Congresso Nacional, justo em um momento em que os parlamentares estão merecidamente desacreditados e encalacrados com a Justiça Criminal é jogar de vez o país no atraso e a sociedade brasileira no mais profundo desalento.


Parlamentarismo não!

Surpresa!!! Bancos privados aumentam seus lucros

No primeiro semestre, os três maiores bancos privados do Brasil tiveram um aumento de 17% em seus lucros.


Enquanto isso, o aumento do desemprego levou mais de 143 mil famílias a retornar ao Bolsa Família neste ano. Além disso, como informa o Valor, a fila de espera para o ingresso no programa, que chegou a ser zerada nos meses de janeiro e fevereiro, cresceu gradualmente e atingiu 525 mil famílias em julho.


Isso é Brasil.

Contra a xenofobia


Na semana passada, um cidadão, em Copacabana, ameaçava bater em um refugiado sírio, que vendia esfirras. Armado com um pedaço de pau, mandava o refugiado ir embora para seu país.


É uma vergonha. Somos um país de emigração. Temos sírios, libaneses, turcos, judeus, italianos, japoneses, coreanos. Somos o país da mistura.


Deveríamos, isso sim, abrir nosso país ainda mais às vítimas da intolerância religiosa ou política. Com a ajuda da ONU, poderíamos acolher ainda mais gente: lembremos da situação dura do povo haitiano.


Além do que, se formos ficar nessa de que a terra é nossa, não sobra um. Nem os nossos antepassados índios eram daqui: vieram de outros continentes. Dos portugueses, nem falar. E ainda temos nossos negros, cujos antepassados vieram escravizados.


Nosso problema não é excesso de gente, mas falta de autêntica Política e de um pouquinho de vergonha na cara.

O pedreiro do futuro

Enquanto a mesquinharia e a mediocridade de nossos governantes e de nossos representantes políticos, à direita e à esquerda, nos mantêm no atraso, a Austrália produz um robô capaz de, com um único braço, assentar mil tijolos por hora. Foi notícia na edição do jornal Valor do último dia 3. Hadrian X é o nome da criatura eletrônica.


É só mais um exemplo trivial de como o Brasil está, dramaticamente, ficando pra trás na corrida tecnológica que definirá o futuro da humanidade e da riqueza das nações.


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